8º Simpósio APMG – Temas

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Observação / Detecção Remota nas Ciências Geofísicas

Quando nos referimos a observação remota pensa-se, em geral, em satélites. No entanto, a observação remota é uma área muito mais vasta. Os instrumentos de observação remota podem ser colocados em plataformas móveis como satélites e aviões, ou podem igualmente ser utilizados no solo, instalados em torres, como são o caso dos radares e lidares, etc.

A observação remota (ou detecção remota), permite recolher informação sobre objectos, sem que os instrumentos utilizados estejam em contacto directo com eles. O exemplo mais vulgar são os olhos, que permitem recolher a informação sobre o mundo iluminado (pelo sol ou não), nomeadamente, sobre a forma, as cores, a textura, a posição, etc.

A observação remota, permite observar vastas áreas da terra, oceanos e atmosfera, sendo particularmente importante na monitorização de desastres naturais, na contribuição para a redução de perdas de vidas e bens, na protecção do meio ambiente. A Terra está constantemente a ser observada por dezenas de instrumentos de observação remota, muitos instalados a bordo de satélites, que recolhem dados de modo sistemático.

O desenvolvimento da observação remota ao longo dos últimos cinquenta anos tem sido enorme, tendo-se tornado indispensável para a observação e monitorização em variadíssimas áreas das ciências geofísicas (meteorologia, oceanografia e geofísica).

Citam-se entre muitas outras:

  • Previsão e vigilância meteorológica, em particular na actividade de salvaguarda de pessoas e bens;
  • Transportes, em particular na área da meteorologia aeronáutica;
  • Agricultura, em particular na previsão e monitorização de culturas e no desenvolvimento de sistemas de apoio na utilização de água de rega;
  • Química da atmosfera com particular incidência na monitorização da poluição atmosférica;
  • Oceanos, onde se refere a altimetria, ondas, a cor dos oceanos e a temperatura da água do mar e o vento à superfície;
  • Hidrografia, incluindo o estudo das bacias hidrográficas;
  • Monitorização dos efeitos de destruição provocada por sismos e tsunamis;
  • Monitorização da actividade vulcânica e de processos associados, nomeadamente, sísmicos (sismos, tsunamis) e geomorfológicos (desabamentos, torrentes de lama) bem como da libertação de gases e partículas para a atmosfera. Monitorização de plumas vulcânicas, anomalias térmicas, fluxos de lava, topografia, alterações de cobertura territorial e deformações;
  • Detecção de falhas geológicas, prospecção geológica e exploração mineral;

Conhecer a história da observação remota é conhecer, uma história apaixonante que ao longo do tempo permitiu a evolução tecnológica de instrumentos de medição/observação remota, progressivamente instalados em diversos sistemas, incluindo a bordo de satélites e avaliar a contribuição e utilidade que têm actualmente. Contamos neste simpósio com a intervenção de especialistas de instituições nacionais e internacionais, dar a conhecer os avanços tecnológicos mais recentes na detecção remota e também explorar e discutir algumas aplicações, através de comunicações especializadas, técnicas e científicas, em vários campos da meteorologia, geofísica e áreas relacionadas.

Meteorologia

Aspectos Históricos, Observação, Nowcasting, Análise e Previsão do Tempo, Clima e Variabilidade Climática, Interacção Atmosfera-Oceano, Radiação e Composição da Atmosfera.

Geofísica

Aspectos Históricos, Monitorização e Sistemas de Alerta, Fontes Sísmicas, Sismotectónica, Estrutura do Globo, Engenharia Sísmica e Risco Sísmico, Gravimetria, Geodesia, Vulcanologia Física, Geofísica Aplicada, Geomagnetismo. 

Outras áreas

Hidrologia, Oceanografia, Agrometeorologia e Biometeorologia